data-filename="retriever" style="width: 100%;">Em março de 2019, trouxe aqui neste espaço um artigo sobre o aborto provocado. Tendo em vista que é um assunto sempre recorrente do comportamento humano, diferentemente do que fiz anteriormente, hoje abordo o tema sob o ângulo das suas consequências espirituais. Sabemos que as implicações clínicas advindas do aborto são inúmeras podendo culminar, inclusive, com a morte da mulher. No aspecto psicológico igualmente não são raros os processos depressivos advindos do ato radical. Antes da abordagem sobre o aborto mais diretamente no campo espiritual, é importante salientar que todo o planejamento para a formação da família começa já no plano espiritual, algumas vezes, antes mesmo que os pais tenham reencarnado. Portanto, pais e filhos não constituem um encontro ocasional e sim fazem parte de um programa reencarnatório muito bem planejado e elaborado visando unir sob os laços sanguíneos afetos e desafetos que necessitam de reajuste dentro das leis divinas do progresso, da harmonia e do amor.
Sob a benção do esquecimento do passado, aquele que reencarnaria na condição de filho ou filha estaria vindo encaminhado, fruto desse planejamento, para um processo de infinitas possibilidades que vão desde a ajuda material e espiritual àquela família, bem com liderança no encaminhamento do bem ou, não raramente em busca de reconciliação e perdão mútuo. Os espíritos que surgem nas nossas vidas na qualidade de nossos filhos não são frutos do acaso, mas de planejamento meticulosamente elaborado que visa não somente a edificação da família como, também, as necessidades individuais de cada um de aprender e evoluir. Não esqueçamos de que nas leis que regem os processos reencarnatórios, há programas e planos especializados para atender finalidades específicas na vida de quem chega e dos que já estão a esperá-lo.
A reencarnação é o maior investimento da vida do espírito no seu processo de aprendizado e evolução, pois que, sem ela, o espírito não encontraria os gatilhos existentes na Terra que fazem aflorar nele as suas fraquezas e defeitos que devem ser corrigidos, como lhe seria negada, igualmente, a oportunidade de reconciliação e harmonização junto a família consanguínea, aliás, dois dos principais propósitos da formação do núcleo familiar.
Na perda de todas essas possibilidades tão bem planejadas e ansiosamente esperadas pelo reencarnante e interrompidas pelo aborto provocado, à medida que o espírito recobra a consciência do ato de rejeição praticado contra si e em se tratando de um espírito ainda vivenciando os primeiros degraus da escala evolutiva, ele pode, em que pese o esforço exercido pelos amigos protetores, passar a emitir vibrações agressivas de baixa frequência, atingindo a mãe, ainda nesta encarnação ocasionando-lhe sérios riscos ao seu corpo físico, psicológico e, principalmente, emocional. Como se não bastasse, pois que a vida do corpo é finita, mas a do espírito não, na próxima ou em outra encarnação, a mulher que praticou o aborto criminoso, como consequência do seu ato injustificado e em cumprimento à lei educativa de Ação e Reação, trará a tiracolo para a sua vida futura não somente desequilíbrios psíquicos diversos no seu campo emocional como, também, problemas no seu corpo somático relacionados à procriação podendo culminar, inclusive, com a impossibilidade de gerar filhos.
Mas, você que está me lendo e chegou até aqui na sua leitura, poderá, com sobradas razões, se perguntar se será somente a mulher a sofrer as consequências desse ato extremo e radical. Claro que não. Nada escapa às leis divinas que não têm por princípio castigar e, sim, educar. Todos os que cooperaram nesse ato criminoso contra alguém absoluta e totalmente indefeso, sofrerão as consequências do seu ato criminoso dentro de lei de Causa e Efeito.
Portanto, tanto o elemento paterno, muitas vezes o mandante, o mentor intelectual do crime, bem como o profissional médico que favoreceu esse ato insano atrairão para si, na noite dos tempos, não somente o sofrimento proporcionado por eles, como sentirão nas suas entranhas o desespero das vítimas dos crimes de aborto, pois que perante aos "olhos" de Deus somos todos absolutamente iguais. E como na lei superior não há impunidade, os responsáveis, na próxima ou em próximas existências receberão a colheita da semeadura criminosa na medida em que na lei divina o crime nunca prescreve.